terça-feira, 24 de abril de 2012

Encontro 06 - Primeiras Comunidades - Instituição da Igreja




1. Quem fundou a Igreja? 

Jesus Durante sua existência, ao passar pelas aldeias foi chamando seus discípulos. A este grupo de 12 seguidores, chamados apóstolos, foram se juntando outros discípulos (homens e mulheres de toda a idade). Era gente do povo, humilde que buscava algo novo. (Lc 12-16 e 10,1). Com este grupo Jesus fez sua vida em comum: partilhávamos o mesmo pão e pregavam a Boa Nova do Reino.Foram três anos de aprendizagem de vida cristã, comunitária, de trabalho pelos outros. Todos neste grupo tinham um valor e eram enviados por Jesus para desempenhar tarefas junto aos necessitados. E a este grupo Jesus chamou “minha igreja” (MT 16-18). Logo, é Ele o fundador da Igreja, seu mestre, seu chefe, seu começo e seu fim, seu tudo: hoje e sempre. E, ao morrer e ressuscitar, Ele deixou aos discípulos a tarefa de comunicar sua missão, já estando bem claro para eles o principio, os objetivos e as esperanças que deveriam orientar para sempre a igreja em Jesus.Ele tinha também a certeza de que Jesus continuaria com eles.(Mt 28,20/ Jo 15, 1-6). 

2. Quando nasceu oficialmente a Igreja? 

Este fato se deu no dia de Pentecostes, com ação do Espírito Santo, que Jesus tinha prometido. A ação maravilhosa do Espírito, como fogo e vento impetuoso: a transformação dos discípulos, gente simples, em ardoroso missionário de Jesus Cristo.Uma multidão de pessoas, de diferentes línguas e raças, que começa a falar a mesma linguagem (a do amor) e que são batizados para formar um povo só. Foi neste dia que a Igreja começou sua caminhada, tornando visível sua missão de ser o sinal e o instrumento da comunhão e da fraternidade universal (Reino). 

3. Qual a missão da Igreja? 

Sua missão é anunciar a Cristo e continuar sua obra: “Como o Pai me enviou, assim eu envio vocês”. (Jo 20,21); “Sejam minhas estemunhas, até os extremos da terra” (At 1,8). O Espírito Santo leva a frente à obra começada por Jesus e é a luz e força para a caminhada na Igreja”. 

4. Quem são os Patronos da Igreja?

São Pedro (O 1º Papa): Mt 16, 15-19; Jo 21,15-19; At 12, 1-11 

São Paulo (De Perseguidor à Apóstolo): At 9,1-19; Rm 6,1-11; I Cor 13,1-13 


5. A Igreja Primitiva (30 d.C – 313 d.C) 

Eram as primeiras comunidades cristãs. Elas viviam escondidas, mas em união total. Todos continuavam firmes no ensino dos apóstolos, viviam em amizade uns com os outros, e se reuniam para as refeições e as orações. O melhor documento histórico para entendermos bem o período é o livro dos Atos dos Apóstolos, escrito por São Lucas Evangelista, onde vemos como estas comunidades se desenvolveram, suas dificuldades nos arredores da Palestina e parte da Ásia menor. 

O cristianismo nasceu e se desenvolveu dentro do quadro político-cultural do Império Romano. Durante três séculos o Império Romano perseguiu os cristãos, porque a sua religião era vista como uma ofensa ao Estado, representava outro universalismo e proibia que os fiéis prestassem culto religioso ao Soberano. Aos poucos se propagou em Roma e pelo Império. As principais e maiores perseguições foram as do Imperador Nero, no séc I (morte de Paulo e Pedro), a de Décio no ano 250, a de Valeriano (253-260) e a maior, mais violenta e última, foi a de Deoclesiano entre 303 e 304 que tinha por objetivo declarado acabar com o cristianismo e a Igreja. O balanço final desta última perseguição constituiu-se num rotundo fracasso, Dioclesiano, após ter renunciado, ainda viveu o bastante para ver os cristãos viverem em liberdade. 

No séc. IV, o Cristianismo começou a ser tolerado pelo Império, para alcançar depois um estatuto de liberdade e converter-se finalmente, no tempo do Imperador Teodósio (379-395), em religião oficial do Estado (380). O Imperador romano, por esta época, convocou as grandes assembléias dos bispos, (os concílios) e a Igreja pode então dar início à organização de suas estruturas territoriais. 

6. Concílio de Jerusalém (49 d.C): 

Marco definitivo da ruptura do judaísmo com o cristianismo. A admissão de gentios (não judeus) era um fato de difícil compressão para os cristãos-judeus, que ainda se encontravam em parte presos às velhas tradições e práticas antigas. Foi presidido pelo Apóstolo Pedro. Seria o Concílio de Jerusalém, o primeiro deles. Assim foi aceito o batismo de não-judeus. “A salvação é prela fé e pela graça, não pela observância da Lei” (At 15, 7-11). 

IGREJA CATÓLICA: CONTEXTO ATUAL 

No transcorrer do séc. XX foi percebida uma diminuição no interesse em formas tradicionais de religiosidade. Um reflexo disse é a grande massa de católicos não praticantes hoje presente no país. No censo IBGE de 2000, 40% dos que responderam ser católicos diziam ser “não praticantes”. 

Na hierarquia católica brasileira estão hoje presentes três vertentes principais: o clero tradicionalista, mais conservador e defensor da ortodoxia; os remanescentes da Teologia da Libertação, que desde os anos 70 tem formado uma espécie de “esquerda” eclesiástica; e os adeptos da Renovação Carismática ou de Comunidades Carismáticas, movimentos mais recentes e vigorosos. 

Algumas tradições populares do catolicismo no Brasil incluem as peregrinações à basílica de Nossa Senhora Aparecida no interior de São Paulo, Círio de Nazaré em Belém do Pará e a Festa do Divino Pai Eterno no Estado de Goiás. 

A Renovação Carismática tem forte presença leiga e já responde sozinha por grande parte dos católicos praticantes no país. O movimento tende a ter uma moral conservadora e assemelha-se em certos aspectos às Igrejas Pentecostais, como no uso dos Dons do Espírito Santo e na adoção de posturas que poderiam ser rotulados como fundamentalistas. Uma das Comunidades Carismáticas mais conhecidas é a Canção Nova que é presidida pelo Monsenhor Jonas Abib, um dos precursores da Renovação Carismática Católica no Brasil, e possui um canal de televisão mantido por doações; a sua sede fica na cidade de Cachoeira Paulista. Outro ícone da RCC no Brasil é Pe. Marcelo Rossi, fenômeno de mídia e cultura de massas que surgiu no final da década de 90. Cantando e rezando coreografias em programas de televisão e missas lotadas, ele se propõe a pregar a mensagem de Cristo conforme ensinadas pela Igreja Católica. 



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